Muitos pais temem colocar seus filhos portadores de necessidades especiais em escolas regulares.
Contudo, estudo realizado na Faculdade de Educação na Universidade de São Paulo (FE/USP)
mostra que a inclusão no ensino regular pode proporcionar benefícios ao desenvolvimento
dessas crianças.
O estudo, que recebeu o Prêmio Capes de Teses 2011 na categoria educação,
é obra da professora Mônica Rahme e foi realizado em uma escola pública integral de Belo Horizonte,
em Minas Gerais. A instituição tem uma proposta de trabalho que visa à integração
de crianças especiais, assim como de trabalhar questões étnico-raciais, de gênero e de sexualidade.
A análise foi realizada a partir de um estudo de caso de um garoto com necessidades especiais,
que tinha quatro anos quando começou a frequentar a instituição de ensino. Nessa fase,
a criança era totalmente dependente, não comia e não andava sozinho. Durante o ano letivo,
a pesquisadora avaliou a interação do garoto com os colegas através de entrevistas gravadas
e filmagens da interação entre as crianças. As cenas das filmagens eram mostradas a todos
e o aluno com necessidades educacionais especiais, apesar de não falar muito, assistia
e participava das atividades, junto aos demais.
Por meio das observações, a pesquisadora percebeu que o aluno com necessidades especiais
interagia com os colegas, o que mostra efeitos terapêuticos da inclusão: as demais crianças
o convidavam para participar das brincadeiras e tinham a capacidade de perceber
quando ele se sentia incomodado com alguma coisa, como quando tinha a necessidade
de ir ao banheiro, ou sentia fome, sede ou frio.
A proposta de educação inclusiva visa que todas as crianças, com e sem necessidades
especiais, estudem na mesma escola. Contudo, o aluno especial deve ser trabalho
individualmente, mas de modo articulado a todo o grupo da sala de aula
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