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sábado, 22 de junho de 2013

Regina Espósito do Movimento Inclusão Já cobra a instalação brinquedos a...


Pai de menina com deficiência critica Ronaldo Fenômeno por declaração polêmica!!!!

No depoimento, publicado no Facebook, Alex Ribeiro apresenta a filha Ester e explica que a menina perdeu a visão, não anda e não fala, após um erro médico em um hospital público. Ele afirma ainda que há sete anos luta na justiça por uma indenização pelos problemas causados à filha.
Em seu recado ao ex-jogador, o homem diz: “É verdade, Ronaldo, que não se faz Copa sem estádio. Mas, também não se faz saúde sem hospitais. Você acabou de conhecer a minha filha Ester. E, eu vou te mostrar agora um pouco o que a saúde do Estado fez com a minha filha e a minha família”. Alex, então, mostra uma foto da criança recém-nascida e continua: “Isso que você chama de saúde, Ronaldo, que esse Estado chama de saúde, tirou a visão da minha filha. Minha filha não enxerga, ela não anda, ela não fala. E, é por isso, que nós estamos na rua, Ronaldo. Não é por causa de vinte centavos. É porque famílias estão sendo mutiladas. A minha filha tem sete anos de processo e até agora eu não vi a causa dela e corre o risco de perder o benefício dela. E vocês estão preocupados com os estrangeiros que vão ver uma uma Copa de Futebol, enquanto milhões de pessoas em nosso país morrem?”.
O desabafo continua: “Não não estamos indo para às ruas por dinheiro. Nós queremos os nossos direitos como cidadãos. Mexeram na minha filha, na minha família e mexeram com milhões de famílias do nosso Rio de Janeiro. Vamos lutar! Vamos parar com essa Copa, se for necessário! Mas, nós vamos conseguir o direito do cidadão de igualdade, de saúde, de segurança, de poder ter uma salário digno. Porque nós somo uma nação que estava dormindo, mas despertou.”
O homem finaliza o recado dizendo: “Respeito você como excelente jogador, mas, me desculpe, sua palavra foi completamente infeliz. Mas, você não conhece de perto o sofrimento de quem tem um filho amputado. Eu conto com você para que mude o seu discurso e lembre que você é um cidadão brasileiro, antes de ser um jogador de futebol”.
Nas redes sociais, o vídeo está sendo disseminado entre os internautas. Só no Facebook, a publicação já foi compartilhada mais de 500 vezes apenas na manhã desta quinta-feira. Nos comentários, o usuários da rede defendem o posicionamento de Alex.
O ex-atacante Ronaldo usou o seu Twitter para se retratar das declarações que fez em dezembro de 2011, ao defender os gastos em estádios para a Copa do Mundo, durante a sua apresentação como administrador do Comitê Organizador Local (COL). Na ocasião o ex-jogador afirmou: ‘Está se gastando dinheiro com segurança, saúde, mas sem estádio não se faz Copa. Não se faz Copa com hospital. Tenho certeza que o governo está dividindo investimentos’.
Nesta quarta-feira o ex-atacante da Seleção Brasileira se defendeu.
- Um pessoal postou um vídeo editado com declarações minhas sobre a Copa de dois anos atrás. Posso de fato não ter me expressado tão bem e a edição que eu vi na Internet foi tendenciosa. Era outro contexto – foi o tom das mensagens postadas pelo ex-jogador.
Fonte: Globo Rio

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Regina Espósito no Programa Assembléia Popular Lutando por Inclusão Já 2...

PALESTRA OSTEOGENESES IMPERFECTA NA CAMARA MUNICIPAL DE SÂO PAULO - REGI...

Balé de garotas cegas estimula a inclusão de pais e alunos em colégio de SP

                                         
Dançarinas da Associação de Balé e Artes para Cegos Fernanda Bianchini durante aula. Foto: Danilo Verpa/Folhapress
Pais e mães chegaram ao colégio em que os filhos estudam para participar de uma reunião pedagógica e assistir a uma apresentação de balé. Tudo normal até aí. O que eles não sabiam é que teriam uma experiência única: vendados, foram guiados pelo corpo de balé formado por meninas cegas para um passeio dentro da escola.
A “grata surpresa”, como os próprios pais se referem à experiência, aconteceu este mês no colégio Doze de Outubro, localizado na zona sul de São Paulo.
Uma semana antes, os alunos assistiram à mesma apresentação da ABCFB (Associação de Balé e Artes para Cegos Fernanda Bianchini) e ficaram boquiabertos com o que viram. O corpo de baile, formado por 15 bailarinas com deficiência visual, acertou todos os passos e dançou com total segurança.
                                 Associação existe há 17 anos e dá aulas de balé gratuitas para crianças e jovens com deficiência visual. Foto: Danilo Verpa/FolhapressAssociação existe há 17 anos e dá aulas de balé gratuitas para crianças e jovens com deficiência visual. Foto: Danilo Verpa/Folhapress
“A gente ficava em dúvida se aquelas meninas não estavam enganando a gente. Elas ficavam nos lugares certos, sem se bater, impressionante”, diz Marilise Pilon, mãe de duas alunas, de dez e 14 anos.
“Minhas duas filhas fizeram balé por nove anos. Os conceitos visual e corporal precisam ser muito bem feitos e a apresentação da companhia de dança foi impecável”, diz.
Na primeira apresentação, alguns estudantes foram convidados a se juntar às bailarinas para aprender posições básicas de balé. De olhos vendados, eles vivenciaram a inversão dos tradicionais papéis, pois foram as jovens cegas que ajudaram os alunos.
                                Bailarinas fazem aulas gratuitas na associação que existe há 17 anos na Vila Mariana, em São Paulo. Foto: Danilo Verpa/FolhapressBailarinas fazem aulas gratuitas na associação que existe há 17 anos na Vila Mariana, em São Paulo. Foto: Danilo Verpa/Folhapress
Segundo Fernanda Bianchini, bailarina e fisioterapeuta fundadora e coordenadora do balé, vendar os olhos é fundamental para entender o universo de quem não enxerga.
“Para um dos passos, expliquei que era como pular para dentro e fora de um balde. Uma das meninas levantou a mão e me perguntou ‘tia, o que é um balde? Eu nunca vi um balde’. Foi quando percebi que tinha que vendar meus olhos para entender o mundo dos cegos.”
Cerca de 500 alunos e 200 pais assistiram à apresentação na quadra da escola. Depois, foram convidados para o passeio “no escuro”. Nem todos os pais aceitaram, uns ficaram com medo e outros preferiram filmar e fotografar a dinâmica.
                                      Associação existe há 17 anos e dá aulas de balé gratuitas para crianças e jovens com deficiência visual. Foto: Danilo Verpa/FolhapressAssociação existe há 17 anos e dá aulas de balé gratuitas para crianças e jovens com deficiência visual. Foto: Danilo Verpa/Folhapress
Cláudia Carneiro tem três filhos matriculados do colégio e topou participar do passeio ao lado da filha de 12 anos. “Foi maravilhoso e assustador, a gente percebe que não é nada, perde noção de espaço, de tudo. Ela [a filha] conhece tão bem a escola e a quadra, mas ali descobriu que não conhece.”
As famílias ainda estão digerindo o impacto da experiência. “A gente escuta falar muito mas não imagina como é isso na vida prática. Vi as dificuldades que temos no dia a dia. Por mais que a gente saiba que tem dificuldades, não temos a dimensão certa”, diz Cláudia.
“Foi uma coisa que mexeu com todo mundo que tava ali. Sai de lá revendo reclamações diárias. Não dá mais pra reclamar do café morno ou da louça que não foi lavada perfeitamente”, afirma Marilise.

                                 As bailarinas Verônica Batista, Geisa Pereira e Cintia Domingues durante aula de balé para cegas. Foto: Danilo Verpa/FolhapressAs bailarinas Verônica Batista, Geisa Pereira e Cintia Domingues durante aula de balé para cegas. Foto: Danilo Verpa/Folhapress
INCLUSÃO
A apresentação do balé é parte do projeto “O Essencial é Invisível aos Olhos”, promovido este ano pelo colégio. Leda de Morais, orientadora pedagógica da escola, diz que para o Doze de Outubro a inclusão sempre foi um tema importante. “A inclusão não é um favor, é um direito. Antes de virar lei, temos que fazer nossa parte.”
“Aproveitamos para trabalhar sentidos que as pessoas às vezes esquecem, que enxergar não é só ver com os olhos. Fizemos o projeto para entender a necessidade do outro. A verdadeira inclusão começa pela preparação de toda a comunidade de alunos para receber bem e integrar essas pessoas”, diz.
Para Cláudia, as ações sociais promovidas pela escola são fundamentais para a educação dos seus filhos. “Tem que se aflorar a vontade deles de fazer esse tipo de trabalho.”
A ABCFB existe há 17 anos e oferece aulas gratuitas para crianças com deficiência visual. As 15 bailarinas profissionais se apresentaram no ano passado nas paraolimpíadas de Londres e se apresentam em escolas e empresas. Apesar disso, o balé ainda não tem patrocinador.
“Meu sonho é que cada patrocinador adote uma bailarina e que cada uma delas tenha uma vida melhor”, diz Fernanda. Mais informações sobre a associação no site.
Fonte: Folha de São Paulo

Estudante cego enfrenta falta de estrutura em universidade no PA

                                         Sem estrutura na universidade e na própria casa, Pedro Michel estuda onde é possível. (Foto: Luana Laboissiere/G1)
Sem estrutura na universidade e na própria casa, Pedro Michel estuda onde é possível. (Foto: Luana Laboissiere/G1)
O estudante Pedro Michel Platini tem 28 anos e é aluno do segundo período no curso de matemática da Universidade Federal do Pará, em Belém. Porém, ao contrário dos outros acadêmicos, não tem livre acesso a todos os espaços do campus e ao conhecimento compartilhado pelos professores durante as aulas de laboratório. Deficiente visual, Michel não consegue contar com a ajuda do acervo de mais de 80 mil obras da biblioteca central da instituição para estudar.
O aluno ingressou na UFPA pelo sistema de cotas, adotado pela instituição desde 2011. Durante o processo seletivo, Michel fez as mesmas provas que os demais alunos – a diferença está no formato: os estudantes com deficiência visual contam com provas feitas em tamanho ampliado, transcritas em braile ou através de um programa de computador que transforma texto em áudio.
Porém, após ser aprovado, o aluno enfrenta dificuldade em estudar. Faltam livros e professores preparados para conduzir as aulas de forma que ele possa acompanhar os demais colegas. “Eu não participo das aulas de laboratório em informática, por exemplo, porque não tenho aproveitamento. Não há nem equipamento, muito menos software adequado. O professor está até checando uma alternativa, mas enquanto isso, não faz muito sentido ser ouvinte numa aula em que a parte prática é evidente”, denuncia.
Universidade deficiente
Para Michel, o primeiro semestre de 2012 foi o mais difícil. Nas duas avaliações iniciais o aluno contou apenas com o que ouviu em sala de aula para fazer as provas, o que resultou em duas notas 4,5. Faltando dois dias para a terceira avaliação ele recebeu material em braile, e conseguiu uma média 9. Na avaliação final, com tempo para estudar, terminou o semestre com 9,5.
professor-nascimentoProfessor Márcio Nascimento não poupa críticas aos colegas de profissão na FPA.
(Foto: Luana Laboissiere/G1)“Acredito que a maior dificuldade que esse aluno enfrenta não se encerra apenas na questão do acesso limitado a material especializado, e sim em encontrar professores que estejam dispostos a sair da sua zona de conforto para buscar novas metodologias e promover uma inclusão real desse e de outros alunos em condição semelhante”, critica Márcio Lima do Nascimento, professor doutor em Sistemas Dinâmicos, que lecionou para a turma de Michel no ano passado.

Com quase duas décadas de docência na UFPA, o professor critica a falta de preparo da universidade para a educação inclusiva. “O caso do Michel só confirma o despreparo da instituição diante da inclusão de alunos com as mais variadas deficiências. E, para a nossa surpresa, a maior resistência não parte dos outros alunos, mas dos professores, que direcionam suas explicações apenas para aqueles que enxergam. Os docentes, fundamentais nesse processo, não discutem e não querem discutir a inclusão”, complementa.
“O próprio Pedro Michel confessou, certa vez, que em algumas aulas, ele era ignorado, tratado como se não existisse na sala”, revela o professor Nascimento.
“Universidade não está capacitada”, diz diretora
O estudante universitário percorre os corredores da biblioteca central da UFPA, que não dispõe de livros didáticos transcritos em braile para pessoas com deficiência visual. (Foto: Luana Laboissiere/G1)O estudante universitário percorre os corredores da biblioteca central da UFPA, que não dispõe de livros didáticos transcritos em braile para pessoas com deficiência visual. (Foto: Luana Laboissiere/G1)
Na cidade universitária da UFPA circulam 45 mil pessoas todos os dias. O local passa por um processo de adaptação para acessibilidade que deve ser concluído ainda em 2013. Além do espaço físico, a instituição também procura o acesso pedagógico através do Núcleo de Inclusão Social, criado em 2012 para ajudar universitários com deficiência. Esta mudança, porém, segue em ritmo mais lento: o espaço ainda funciona em um espaço provisório, dentro da Pró-Reitoria de Ensino e Graduação (PROEG).
“O trabalho está no início, e por essa razão ainda lidamos com entraves estruturais e de recursos humanos. Estamos em busca de um espaço físico próprio, além de contratar pessoal especializado para integrar a equipe que temos, formada por poucos docentes e técnicos. O resultado efetivo poderá ser sentido a médio e longo prazo”, explica Lúcia Harada, diretora de ensino da PROEG e coordenadora do Núcleo.
A coordenadora, porém, reconhece as deficiências apontadas por professores e alunos. “É fato que nós, profissionais da UFPA, sobretudo professores, não estamos capacitados para nesse momento lidar com a questão do aprendizado do aluno com deficiência que estuda na instituição”, afirma. Harada assume ainda que desconhece o número e a situação dos estudantes com deficiência distribuídos nos 11 campi localizados nos municípios de Abaetetuba, Altamira, Bragança, Breves, Cametá, Capanema, Castanhal, Marabá, Soure, Tucuruí e na capital paraense.
Enquanto a instituição estuda medidas para sanar o problema, Michel convive com as limitações impostas pela universidade que, segundo ele, são maiores que as do glaucoma que levou à perda total de sua capacidade visual, em 2009, quando cursava medicina no mesmo campus onde hoje tenta estudar. “Vir aqui na biblioteca é sempre muito estranho. Uma euforia que acaba em decepção, sabe? Pegar os livros, grandes, volumosos e ficar imaginando o que tem dentro… É triste saber que muita coisa ali eu vou continuar sem conhecer. Pensar que tem um mundo todo à disposição para os alunos, mas não para os cegos como eu”.
Desafio de ensinar
O que mantém viva a esperança do estudante nas mudanças que podem ocorrer e tornar sua formatura possível é o incentivo que vem de professores como Adam Oliveira, ligado ao Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN), que se ofereceu para lecionar geometria espacial a Michel e sua turma. “É a primeira vez que dou aulas a um cego. Além do desafio, é uma oportunidade única que vai contribuir para o meu aperfeiçoamento docente”, revela.
"Ao dar aula para ele, na verdade, quem mais aprende sou eu", garante o professor Adam Oliveira (Foto: Luana Laboissiere/G1)“Ao dar aula para ele, na verdade, quem mais
aprende sou eu”, garante o professor Adam Oliveira
(Foto: Luana Laboissiere/G1)
A dedicação do professor de 27 anos o levou a pesquisar metodologias que pudessem facilitar a compreensão do conteúdo e buscar parcerias como a da Unidade Técnica José Álvares de Azevedo, administrada pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc), referência em educação para deficientes visuais na capital paraense.
“Na minha disciplina, a questão visual é muito exigida. Eu falo de definição de sólidos como prisma, cilindro, paralelepípedo. Para não ficar só nos desenhos, o que tornaria o assunto de difícil entendimento para o Michel, eu trago sempre para a realidade da nossa sala de aula, para que ele possa se situar de maneira concreta sobre o assunto que está sendo tratado”, detalha o professor “Ao dar aula para ele, na verdade, quem mais aprende sou eu”, confessa.
Driblando dificuldades
Michel foi batizado como Platini para homenagear um jogador de futebol francês, mas a intimidade com o esporte não passa da certidão de nascimento. “Quando eu era mais criança até tentei jogar bola com os outros garotos, mas como já não enxergava muito e não tinha nenhuma intimidade com a ‘redonda’, desisti. Tenho dois pés esquerdos”, brinca. Para ele, a seleção ideal tem gênios da ciência na escalação: nomes que vão desde o físico alemão Albert Einstein, passando pelo microbiólogo Louis Pasteur, o matemático francês Blaise Pascal, e os clássicos gregos Arquimedes e Pitágoras. Também não podem faltar o físico dinamarquês Niels Bohr, o químico neozelandês Ernest Rutherford, o cientista tcheco Gregor Mendel e o matemático italiano Fibonacci.
Ao sair de casa, no bairro da Cabanagem, Pedro Michel enfrenta uma trilha de obstáculos: palafitas, terreno instável e lixo. (Foto: Luana Laboissiere/G1)Ao sair de casa, no bairro da Cabanagem, Pedro Michel enfrenta uma trilha de obstáculos: palafitas, terreno instável e lixo. (Foto: Luana Laboissiere/G1)
Nascido em uma família sem recursos, Michel conta que reclamava de fortes dores de cabeça e nos olhos durante a infância, consequências de uma elevada pressão intraocular diagnosticada tardiamente e que levou à perda gradual de sua visão. Por enxergar pouco, procurava sentar-se sempre na primeira fileira na escola. O hábito se manteve até a universidade. “Quando eu percebi que já estava muito difícil poder ver, resolvi levar para as aulas um aparelho de MP4 para gravar as explicações dos professores e memorizar os assuntos”, conta.
Ágil com o pincel atômico, o estudante faz cálculos e demonstrações matemáticas. (Foto: Luana Laboissiere/G1)Ágil com o pincel atômico, o estudante faz cálculos
e demonstrações matemáticas.
(Foto: Luana Laboissiere/G1)
Porém, chegar até a universidade é um desafio comparável aos estudos: Michel mora em uma área de ocupação no bairro da Cabanagem, no limite entre os municípios de Belém e Ananindeua. Construído em madeira, o imóvel onde vive em companhia da esposa Rulthany, de 32 anos, e do vira-latas Beethoven, tem apenas dois cômodos e alguns poucos móveis.
Quando está de folga, o estudante divide seu tempo entre black metal, desenhos animados e a cozinha. Para estudar, Michel se senta no sofá e, quando precisa, vai ao quadro branco posicionado em cima da cama do casal, para fazer cálculos e demonstrações matemáticas.
Ao sair de casa, ele precisa caminhar sobre uma passarela de tábuas, evitando buracos, lixo, lama e uma série de desníveis até chegar na rua principal, onde fica a parada de ônibus. Apesar das quedas e tropeços, Michel não desanima. “Mesmo com esse problema, tenho sonhos como qualquer outra pessoa. Já realizei alguns deles: estou investindo em uma nova carreira, tenho a minha casa própria e uma companheira ótima. Eu ainda quero ser pai e seguir estudando para entrar no mestrado, depois no doutorado e no que ainda mais vier”, diz.
O professor Nascimento garante que o sonho é possível. “Ele é um aluno excelente, com grande potencial de seguir carreira acadêmica, seja na pesquisa ou na docência. Posso afirmar com tranquilidade que, com base no conhecimento que tem, já está pronto para lecionar no ensino básico da matemática. As demais potencialidades, com toda certeza, ele irá aperfeiçoar ao longo do curso”, acredita o professor, um dos muitos admiradores que Pedro Michel Platini conquistou na sua trajetória pela busca do conhecimento.
Em companhia da esposa Rulthany, Platini traça planos para o futuro. (Foto: Luana Laboissiere/G1)Em companhia da esposa Rulthany, Platini traça planos para o futuro. (Foto: Luana Laboissiere/G1)
Fonte: Luana Laboissiere, G1
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