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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Família de São Caetano sofre com espera para Prefeitura aprovar lei





Após um mês da aprovação em sessão extraordinária realizada na Câmara de São Caetano, do projeto de lei que isenta da taxa de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e tarifas de água e esgoto os imóveis pertencentes aos portadores de Osteogênese Imperfeita - conhecida popularmente como doença dos ossos de vidro - e outras doenças incapacitantes, as famílias que seriam beneficiadas pelo projeto aguardam aflitas a assinatura da lei. O projeto que foi encaminhado para o Executivo ainda permanece parado no gabinete do prefeito de São Caetano José Auricchio Jr. (PTB).
Simone Alves Rodrigues, uma das munícipes que seria beneficiada com a aprovação dessa lei entrou em contato na última semana, com o DAE (Departamentode Água e Esgoto) para verificar a documentação necessária para adquirir o benefício, porém, recebeu informação de uma atendente que o projeto ainda não teria sido sancionado pelo prefeito.
Porém Caio, seu filho de apenas seis anos sofre de hidrocefalia e osteogênese imperfeita. A criança tem 146 fraturas espalhadas pelo corpo, que aparenta o de um bebê de um ano. Além disso, Caio necessita de cuidados por 24 horas. Sem poder trabalhar, recebendo uma pensão de R$ 215 do seu ex-marido, e sobrevivendo por meio da ajuda de amigos, Simone mostra sua indignação com o descaso dado pelo prefeito ao projeto. "É um absurdo o projeto ficar parado por conta de campanha eleitoral. Já ouvi diversas vezes que seria ajudada, a Regina Maura (PTB) que conhece minha situação, por exemplo, falou que iria me auxiliar, porém, me ofereceu uma proposta para trabalhar em sua campanha de domingo a domingo sabendo que não posso ficar fora de casa", disse Simone, que ainda afirma: "agradeço o Paulo Bottura (autor do projeto), porém não devo nada a ninguém e vou correr atrás dos meus direitos, pois sei que muitos estão deixando de dar a devida atenção ao projeto", completa Simone.
O REPÓRTER que publicou no último dia 4 uma matéria que falava sobre a aprovação desta Lei procurou a assessoria de imprensa da prefeitura, para obter uma posição sobre o andamento do projeto, e recebeu por meio de uma nota o seguinte aviso: “O prefeito vetou o projeto, porque algumas formalidades não foram cumpridas e terão que ser corrigidas. Além disso, se o prefeito tivesse sancionado, da maneira que está o projeto, a prefeitura teria problemas com o Tribunal de Contas e qualquer um poderia alegar vício jurídico".
Procurado pelo REPÓRTER, o autor do projeto, Paulo Bottura informou na última quarta-feira que teria naquele dia, uma conversa com o prefeito José Auricchio para negociar a aprovação do projeto, sem entrar nos detalhes do argumento que iria utilizar, porém deu certeza de uma resposta sobre o posicionamento do projeto. Após diversas tentativas, não obtivemos resposta sobre o resultado das negociações.
"Não quero prejudicar o Bottura nem ninguém, só quero que o Auricchio assine o projeto, agora se as formalidades não foram cumpridas cabe aos responsáveis resolverem", conclui Simone, que acompanhada de Mauriceia e Lauri, integrantes da Frente de Combate do Câncer realiza no dia 15 de setembro, na Associação de Moradores do Bairro Olímpico (Av. Tijicussu, 444 - bairro Olímpico) um chá beneficente em prol de seu filho. O evento será aberto ao público.

Fonte:ABC repórter 

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