Seguidores

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Fraturas (1 a 3 anos)


Dá para saber se meu filho quebrou algum osso?

Ossos de crianças são mais flexíveis que os dos adultos, portanto não quebram tão fácil. Mesmo assim, em caso de queda ou impacto forte, pode haver fratura. Veja alguns sinais de que um osso quebrou:

• Barulho ou estalo

• A área está roxa ou vermelha

• Inchaço

• Sensibilidade ao toque

• Dor forte, principalmente se for num ponto específico

• Membro rígido, que não se movimenta fácil

• Dor que piora com qualquer movimento

• A criança não consegue ou não quer usar a área afetada (mas, mesmo que seu filho consiga mexer o membro ou o dedo, ainda assim pode haver fratura)

• Articulação ou membro "tortos", fora de posição

Se a área está só um pouco inchada e não há outros sintomas de fratura, dá para tentar tratar em casa e observar, para ver se melhora. Aplique gelo (se conseguir) e dê um analgésico, na dose recomendada pelo pediatra.

Se duas horas depois do analgésico a dor continuar, é melhor levar a criança ao médico. É sempre melhor pecar pelo excesso de precaução, nesse caso.

Quando a criança se recusa terminantemente a andar ou mexer o local afetado, também é preciso levá-la ao médico, porque isso é indício de uma lesão mais grave, como uma fratura.

Veja outras informações sobre como agir em caso de queda.

Existem tipos diferentes de fratura?

Sim. O osso pode quebrar de diversas maneiras, e talvez você ouça os seguintes termos:

• Fratura completa ou incompleta (fissuras e trincas): A mais comum em crianças é a fratura incompleta, em "galho verde". O osso "dobra" e só quebra de um lado. Acontece principalmente no meio de ossos longos, como os dos braços e das pernas. Na fratura completa, o osso quebra completamente.

• Fratura sem desvio ou desviada: A nomenclatura refere-se ao alinhamento das duas partes do osso. Se houve desalinhamento, ou seja, uma das partes do osso saiu do lugar, é uma fratura desviada. Se não, pode ser só uma fissura ou trinca.

• Fratura aberta ou fechada: Determina se houve rompimento da pele ou não. A fratura aberta também é chamada de fratura exposta.

• Fratura ou fissura por estresse: É quando o osso se quebra depois de um esforço repetido no mesmo ponto. Aparece mais em jovens, devido à prática esportiva.

• Fratura patológica: Quando o osso se quebra por algum fator interno do corpo, como alterações do metabolismo de cálcio, doenças genéticas com enfraquecimento ósseo, crescimento de um tumor ou infecções.

• Fratura articular: Quando a articulação é comprometida.

Em que casos é preciso chamar a ambulância ou o resgate?

Se seu filho sofreu um acidente e você acha que ele pode estar com uma lesão grave no pescoço, nas costas, no quadril ou na cabeça, chame uma ambulância e procure mantê-lo o mais quieto possível.

Procure evitar o impulso de pegar a criança no colo ou tirá-la dali o mais rápido possível. O movimento brusco pode agravar uma eventual lesão na medula, o que pode causar danos neurológicos que poderiam ter sido evitados.

Em caso de fratura exposta, quando o osso rompe a pele, é preciso levar a criança rápido para o hospital, porque há risco de infecção ou hemorragia. Não mexa nem assopre a ferida. No máximo envolva-a em gaze ou um pano limpo, para conter o sangramento, enquanto não obtém atendimento médico.

Você também precisa levar a criança rápido para o pronto-socorro se ela tiver:

- Batimentos cardíacos acelerados ou irregulares

- Pele pegajosa ou azulada/arroxeada

- Respiração rápida e superficial

- Confusão mental ou desmaio

- Sangue no vômito ou quando tossir

Não se esqueça de manter os telefones de emergência sempre à mão. E não dê nada para criança comer ou beber enquanto o socorro não chega. Se precisar de cirurgia, os médicos vão preferir que ela esteja em jejum.

Meu filho está aparentemente bem. O que faço?

Observe a criança com atenção. Veja se ela reclama ao apoiar o membro afetado, se manca, se chora quando alguém mexe na área. Em caso de dúvida, é sempre melhor conversar com o pediatra ou levá-la a uma clínica ortopédica ou pronto-socorro, para uma avaliação melhor e possíveis exames de raio X.

Jamais tente "consertar" a posição do osso. Se conseguir, evite que seu filho mexa na área afetada, e tente mantê-lo calmo.

Você também pode aplicar gelo, e ver se consegue manter o local elevado (a perna para cima, o braço numa tipóia improvisada), enquanto não obtém atendimento médico. Analgésicos como o paracetamol e a dipirona podem ser dados, na dose indicada na bula ou pelo pediatra, para aliviar a dor.

É verdade que fraturas em criança saram mais rápido?

Sim, é verdade. Muitas vezes, a fratura pode ser resolvida na criança só com o gesso, enquanto em adultos chega a exigir cirurgia.

Por outro lado, fraturas em crianças podem causar problemas, se acontecerem perto da cartilagem de crescimento, que é o local onde as novas células ósseas se desenvolvem. Por isso, dependendo do caso, o médico pode querer acompanhar a área por um ano ou mais, para ter certeza de que a recuperação está sendo completa.

Cuidados especiais com a criança engessada

A Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica recomenda cuidados especiais depois que a criança é engessada ou imobilizada. Embora o gesso tradicional funcione bem, o sintético tem a vantagem de ser mais leve e secar mais rápido (embora não possa ser molhado).

Se, depois de imobilizada, a criança continuar reclamando de dor, é bom levá-la de volta ao médico.

Veja os sinais de alerta:

- Dor intensa e progressiva, que não responde ao uso de analgésico.
- Inchaço nos dedos
- Palidez nos dedos ou extremidades roxas
- Dedos frios
- Formigamento ou alteração de sensibilidade
- Dedos muito dobrados
- Dificuldade para mexer os dedos.


Fonte:
 Conselho Médico do BabyCenter Brasil

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...